Ocorreu no passado dia 7 de janeiro, a tomada de posse da Direção Nacional e demais órgãos sociais da ACAPO, eleitos em 10 de dezembro de 2016, dando-se assim início a mais um mandato que nos termos da legislação em vigor, se prolongará pelos próximos quatro anos.

Enquanto presidente da Direção Nacional, quero aproveitar o ensejo para felicitar e endereçar em meu nome e da equipa que tenho o prazer de liderar, calorosas saudações associativas a todos os elementos eleitos, quer tenham sido reconduzidos ou se tenham apresentado a sufrágio pela primeira vez. 

Gostaria ainda de dirigir uma palavra de agradecimento e apreço pelo empenho e dedicação com que serviram a causa das pessoas cegas e com baixa visão, a todos aqueles que, pelas mais diversas razões, não puderam ou não quiseram continuar a exercer funções dirigentes na nossa instituição.

O programa de ação apresentado pela equipa que agora constitui a Direção Nacional e que foi sufragado em 10 de Dezembro último, dando continuidade em muitos aspetos às estratégias delineadas no mandato anterior e inovando em determinadas áreas fulcrais de atuação da ACAPO, destaca como pontos essenciais da nossa ação futura, três áreas prioritárias, a saber:

- A aposta numa vertente dupla da ACAPO;

- Pretendemos uma instituição voltada para a representação dos interesses e direitos das pessoas com deficiência visual, sem contudo descurar a vertente prestadora dos serviços que sejam considerados os mais relevantes para a sua plena reabilitação e inclusão socioprofissional;

- A promoção da vida independente de todas as pessoas cegas e com baixa visão, em todas as dimensões relevantes para autonomia e bem-estar de todos os cidadãos que pretendemos representar. Nesta conformidade, envidaremos todos os esforços no sentido de proporcionar às pessoas com deficiência visual sem exceção, condições de acesso à formação profissional, emprego, educação, reabilitação, acessibilidades ao meio físico e virtual, bem como o acesso às novas tecnologias;

- Aumento do número de associados efetivos.

Com o intuito de atingir este objetivo, tudo faremos durante o presente mandato, para conseguirmos consolidar e aumentar a representatividade de pessoas com deficiência visual adquirida na fase mais avançada das suas vidas e que, por tal motivo nos devem merecer uma maior atenção relativamente aos respetivos percursos de reabilitação.

Estamos conscientes das dificuldades e obstáculos que ao longo do presente mandato se nos irão deparar. Contudo, tenho a firme convicção de que a equipa que lidero, está motivada e empenhada na prossecução das metas acima delineadas.

No que diz respeito à revista Louis Braille, cuja fundação ocorreu no já distante ano de 1991, constituirá para esta Direção Nacional, um dos veículos privilegiados de comunicação com os associados, parceiros, sejam entidades públicas ou privadas e se possível a sociedade em geral.

Ela será o instrumento que nos permitirá informar e sensibilizar o universo que pretendemos cada vez mais alargado, dos nossos leitores, sobre os temas mais relevantes para a causa das pessoas com deficiência visual, mas igualmente sobre os problemas, obstáculos e dificuldades que nos vão surgindo e que com coragem, empenho e dedicação vamos conseguindo superar.

Para alcançarmos este desiderato, é intenção desta equipa dirigente, diversificar as temáticas a abordar nesta publicação e torná-la acessível, para além dos formatos digital, ampliado e Braille, também em tinta, para que fique disponível a um número cada vez mais significativo de leitores, refletindo e divulgando deste modo, os assuntos que mais possam interessar às pessoas com deficiência visual e à comunidade em geral.     

Dirigimos ainda o convite a uma pessoa que, pela sua competência, provas dadas, conhecimento da problemática das pessoas com deficiência visual e da ACAPO, nos dê garantias de maior abertura, qualidade e sucesso, que nós próprios, por um conjunto de razões, poderemos não conseguir pôr em prática.