Talvez seja lugar-comum dizer que foi sem darmos conta que chegámos à edição n.º 25 mas a verdade é mesmo essa. Há 25 edições que nos esforçamos por lhe trazer os melhores conteúdos, com as explicações mais corretas, as entrevistas mais pertinentes e os autores com mais conhecimentos. Nem sempre o conseguimos fazer atempadamente – como nesta edição – mas isso é também reflexo da forma com que nos propusemos trabalhar.

Todos os autores colaboram numa base voluntária e de acordo com a disponibilidade que resta das suas atividades profissionais, académicas e literárias. Aos que connosco colaboram e colaboraram o nosso muito obrigado. Aproveitamos ainda para lembrar a todos os que nos leem que podem enviar-nos, a qualquer momento, sugestões de temas ou apresentar um artigo da sua própria autoria.

Na edição presente a capa da LOUIS BRAILLE é preenchida com um céu estrelado numa alusão ao título do artigo de Fernando Matos: “O Mensageiro das Estrelas”. O mensageiro é o físico Stephen Hawking que partiu no dia 14 de março de 2018 mas que nos deixou infindáveis ensinamentos… sobre o universo e a vida.

Para este número entrevistámos a coordenadora editorial da rádio online Zig Zag, um projeto da Rádio e Televisão de Portugal desenhada a pensar em crianças com idade entre os 5 e os 10 anos mas que toda a família pode desfrutar apenas com os ouvidos.

Também o trabalho da Locus Acesso, uma associação de âmbito cultural que promove visitas acessíveis, ganha o devido destaque nesta edição. O artigo da autoria de Fátima Alves, mentora deste projeto, aborda a importância da acessibilidade cultural e o trabalho que se encontra a ser desenvolvido pela associação.

No âmbito da reabilitação, quatro colaboradores da ACAPO escrevem sobre produtos de apoio. Para que servem efetivamente as velhas “ajudas técnicas” e como podem melhorar o quotidiano das pessoas com deficiência visual?

Na secção “direitos”, demos o devido descanso ao colaborador regular desta rubrica, Rodrigo Santos, que emprestou o espaço a Carlos Gonçalves para nos trazer um tema crucial, principalmente no momento em que se redige um novo regime das incapacidades. O advogado traz à luz a inexistente relação entre a deficiência visual e a incapacidade de uma pessoa decidir sobre a sua vida e gerir os seus bens. Trata-se de uma reflexão consciente e bem fundamentada que merece uma leitura atenta.

Por fim, sugerimos a leitura de alguns fragmentos que refletem sobre a temática do universo dentro e fora de nós.