Reconhecimento de palco às 20h30m

Duração do espetáculo: 1h20m

Informações e reservas 244 834 117 ou 244 823 600 (chamada para a rede fixa nacional)

 

 

Sinopse:

Corpo Clandestino é um lugar de fala de sete intérpretes. Os corpos de Ana Afonso, Andreia, Gaya, Joãozinho, Mafalda, Paulo e Valter são veículos de identidade: produzem imagens que não se esquecem, dizem-nos coisas que talvez não pensássemos escutar. O molde destes corpos é raro, insuscetível de categorização, com frequência remetido a uma invisibilidade que reconforta quem (não) vê e desestabiliza quem (não) é visto. Este lugar de conforto fica aqui deliberadamente vazio. Corpo Clandestino constitui um exercício de deslocamento e recomposição: coloca-se em cena o que habitualmente não é de cena; ajusta-se a atenção; encaixam-se peças físicas singulares. Em palco estão intérpretes cujos corpos não-normativos lançam o espectador, sem rede, numa paisagem poucas vezes vislumbrada – a de um corpo de baile configurado por oposição a classicismos e ideais. Em palco está afinal um só corpo, formado por sete peças verdadeiramente únicas. Esta criação de Victor Hugo Pontes repensa a normatividade dos corpos vigente até ao século XXI, propondo um caminho de comunicabilidade e partilha, alternativo a perspetivas reducionistas, padronizadas e inúteis. A partir do momento em que o ponto de vista do espectador passa a ser coincidente com o ponto de vista dos intérpretes, torna-se indisputável que todos podemos ocupar e partilhar o mesmo mundo, por mais diferentes que sejam os corpos de cada um. Fonte: Corpo Clandestino – Teatro José Lúcio da Silva (teatrojlsilva.pt).