A preocupação da ACAPO com a inclusão das pessoas com deficiência, nomeadamente com deficiência visual, manifesta-se na procura constante de soluções alternativas, inclusivas e acessíveis a todos. Neste sentido, demos mais um passo importante para a inclusão destas pessoas, apresentando, pela primeira vez, um protocolo multiformato, totalmente inclusivo.

Este novo formato de protocolo, impresso a tinta e a Braille, contém na última folha um QR Code que possibilita a sua leitura através de meios tecnológicos. Este código poderá ser facilmente encontrado por pessoas cegas, devido à introdução de uma “moldura em pontos Braille” em todo o seu redor. Desta forma, pessoas com deficiência visual podem autonomamente aceder à informação através do QR Code.

O primeiro protocolo multiformato foi assinado no passado dia 9 de julho, entre a ACAPO e a Escola de Cães-guia para Cegos. A assinatura decorreu durante o tradicional Arraial Popular promovido pela escola, sendo a ACAPO representada pelo Presidente da Direção Nacional, Rodrigo Santos, e pelo Tesoureiro, João Lourenço.

Ainda durante o mês de julho, no dia 26, estivemos no Instituto Politécnico de Leiria, representados por Rodrigo Santos, Presidente da Direção Nacional, onde assinámos o segundo protocolo multiformato, que visa a cooperação entre a ACAPO e o IPL.

Para a ACAPO, a aposta em soluções inclusivas e inovadoras, construídas para todos desde o início, é um passo fundamental para alcançarmos uma sociedade mais inclusiva. Assim, qualquer pessoa, com ou sem deficiência, qualquer que seja o contexto em que tenha que aceder ao conteúdo do protocolo, pode saber o que está escrito no mesmo, no formato que quiser, sem terem que existir versões adaptadas ou específicas num ou noutro formato. Podemos assim tornar real um direito humano fundamental, o do acesso à informação para todos. Esta é, de resto, uma boa prática, que na nossa opinião deveria ser adotada por outras instituições em qualquer tipo de contratos, sendo bom exemplo disso os contratos bancários ou os contratos de serviços essenciais.