“RFM Sem Olhar a Quem”
Cultura ao alcance de todos
Quando se fala de Inclusão e Acessibilidade, nomeadamente das pessoas com deficiência visual, a ACAPO marca presença.
Foi o que aconteceu hoje no “RFM Sem Olhar a Quem”, uma iniciativa promovida pela RFM, o Grupo Ageas Portugal e a Fundação Ageas. Este evento vai já na sua 3.ª edição e visa promover o acesso à cultura por pessoas com deficiência, não só enquanto espetadores, mas também enquanto artistas. Para Francisca Barreiros, da área de Investimento Social/Grantmaking, da Fundação Ageas, cuja atuação se centra em três grandes áreas de foco: Saúde, Envelhecimento e Exclusão, “ainda há muito trabalho a fazer ao nível da exclusão social de pessoas com deficiência ou neurodivergentes apesar de se estar a fazer alguns avanços”, como por exemplo o trabalho que a Fundação está a realizar no sentido de promover a gratuitidade do bilhete de acompanhante de pessoas com deficiência em todos os espetáculos. Considera que “é um caminho que tem de ser feito com persistência, com paciência, que tem demorado a produzir o resultado final”, mas que há atualmente cada vez mais abertura para o diálogo, sendo muitas vezes a falta de conhecimento um dos principais obstáculos à mudança.
Um grupo de formandos do nosso Departamento de Apoio ao Emprego e Formação Profissional de Lisboa esteve presente no “RFM Sem Olhar a Quem” e salientou a importância da existência de recursos de acessibilidade para uma maior participação e inclusão do público cego ou com baixa visão. “Temos os mesmos direitos de participar, havendo vontade de todos e colaboração, é possível”, este foi um dos testemunhos partilhado pelo formando Tiago Ferreira, e corroborado pelos restantes colegas.
Miguel Galamba, Associado e Colaborador da ACAPO elogia alguns dos avanços que têm sido implementados ao nível da acessibilidade em diversos festivais, e que permitem às pessoas com deficiência uma maior autonomia. Destaca que a comunidade está mais sensibilizada para a inclusão de todos, mas que é preciso também uma participação mais ativa das pessoas com deficiência visual, e um trabalho de proximidade com as instituições no sentido de melhor responder às reais necessidades do público com deficiência.
A nossa participação surgiu a convite da Access Lab que prestou apoio de consultoria ao nível das acessibilidades.
Num ambiente inclusivo e acessível, assistimos às atuações de grandes artistas portugueses como os HMB, Bárbara Tinoco ou Maninho e vibrámos com alguns dos maiores êxitos da música portuguesa.