Vencedores do concurso de cartas de amor
Conheça as 3 cartas vencedoras
Já são conhecidos os vencedores do concurso de cartas de amor que a nossa Delegação do Porto promoveu para assinalar o Dia dos Namorados.
Muitos Parabéns a todos os participantes, nomeadamente aos grandes vencedores.
Cartas de Amor
1º Lugar - Maria Alice Branco Silva
Amigo no Tempo, do Tempo sem Tempo
Consciente, no momento, que para amar não é necessário nenhum dia para o recordar e muito menos tempo, mas para que a tradição se mantenha, não se quebre, não se parta, mas antes pelo contrário fique em evidência no tempo, envio-te esta poética e bela Carta à guisa de confidência:
Foste o meu primeiro amor, o homem da minha vida. És um jardim em flor, nesta rua sem saída. Esta rua sem saída, aonde te posso abraçar, foi feita à justa medida para nela viver e sonhar. É uma rua bem pequena, mas é recanto sagrado, onde o viver vale a pena junto de ti, meu amado. Se ela fosse uma avenida, eu não gostaria tanto, porque ao homem da minha vida nosso Fado nela canto. Mas seja rua ou ruela, seja beco ou avenida, nem que fosse uma viela é a Estrada da Nossa Vida.
Esta jornada da vida, que estamos a desfrutar, é caminhada bem cumprida, Crescemos juntos e reaprendemos a Amar.
Para esta Carta findar, afirmo com amor e clareza - esta forma de expressar vem da alma, de braço dado com toda a sua beleza.
Um beijo linear, um abraço circular e um aperto de mão apertado, espiralado, forte e franco da Amiga no Tempo.
2º Lugar - Fernando Martins Alves
Carta de Amor
Pequena carta de Amor, feita de querer e ternura, para mostrar o sabor, de um Amor que perdura.
Pra ti Li
Ver-te assim tal como tu és, olhando para mim, do princípio ao fim, da cabeça aos pés...
Que a vida mudou, não é como era, mas eu aqui estou, eu fico, não vou, sempre à tua espera.
Crê e acredita, que isto é o que sinto, a vida é bonita, serena, restrita, de sabor imenso...
Escuta e medita, a todo o momento, na hora finita, Amor sempre fica, calado, cá dentro.
E agora te digo, meu Amor querido, quero-te assim, do princípio ao fim.
3º Lugar - Fernando Martins Alves
Recordação de Carta de Amor há 70 anos
História de amor de criança vivida há muito tempo, conservada na lembrança, leve sopro em pensamento...
Tinha apenas 11 anos, quando esta escrevi, pureza infantil vivemos, que ainda não esqueci.
Foi uma carta de amor, uma apenas enviei, para sentir o sabor de um beijo que eu lhe dei.
Lurdinhas, teus olhos me encantaram tanto que fiquei preso, quietinho, como a serpente no campo, encanta um passarinho!
Tanto Amor, tanta emoção, sentidos naquele momento, o bater de um coração e a ilusão cá por dentro.
O início foi assim, amoroso, adocicado, continuou no jardim, contigo ali, a meu lado...
Como lembro esse tempo, passado a flutuar, imagem de um sentimento, cá dentro, a murmurar...
Ai como é belo o Amor na primavera da vida, mas só lhe sente o sabor, quem tem a alma despida, de ódio, vício, rancor, como nós tínhamos querida!
O antigo recordei, com saudade e pudor, agora apenas direi, o que sempre eu pensei... Ai como é belo o Amor!...
Muito Obrigado por todas as participações e por se terem juntado a nós nesta celebração do Amor!