Na elaboração destas recomendações, partiu-se do princípio que o objetivo principal da sinalética é transmitir informação sobre determinado espaço, aos utentes que o utilizam. Aquando do desenho de um sistema de sinalética convém lembrar que o leitor não conhece bem o espaço onde a sinalética está instalada, nem onde estão localizados os sinais em si. Eventualmente o leitor estará ansioso, perdido ou cansado e o seu estado de espírito poderá perturbar a sua capacidade para detetar e interpretar a sinalética. Estas dificuldades podem ser agravadas quando o leitor tem uma deficiência visual.

Propomos assim uma política de sinalética para todos. Os espaços públicos devem possuir sinais com informação visual e táctil e ser equipados com sistemas de informação sonora. Em relação à informação táctil as recomendações são relativamente rígidas porque as dimensões do Braille são fixas e há tamanhos mínimos e máximos para letras em alto-relevo. Mas em relação às letras convencionais, tentámos elaborar recomendações que asseguram a legibilidade e ao mesmo tempo deixam margem para a criatividade.

Estamos seguros de que um designer que siga as nossas recomendações/boas práticas criará um sistema de sinalética legível e compreensível facilitando as deslocações dos utentes dentro de um espaço público, contribuindo para um espaço mais acessível e um serviço mais inclusivo.